Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) estão ganhando destaque no Brasil em 2025, com registros notáveis de crescimento e inovações que ampliam o acesso a essa modalidade de investimento. Gestoras renomadas como Solis Investimentos, Itaú Asset Management e Western Asset estão liderando esse movimento, impulsionando o mercado com novos fundos e estratégias.
A Solis Investimentos reportou um aumento de 40% nos ativos sob gestão em 2024, atingindo cerca de R$ 21 bilhões, e continua projetando crescimento para 2025. Um marco recente da Solis foi o lançamento do Solis Antares Pioneiro, o primeiro FIDC direcionado ao investidor de varejo, uma iniciativa que abre espaço para um público maior no mercado de crédito privado. “Impulsionado pela expansão dos FIDCs como fonte de financiamento no mercado brasileiro”, destaca a Solis.
Da mesma forma, o Itaú Asset Management reforça sua presença nesse setor, focando em investidores qualificados e desenvolvendo fundos com vantagens fiscais para quem dispõe de mais de R$ 1 milhão em recursos. Segundo Fayga Delbem, especialista em crédito privado na gestora, “quando bem estruturados, os FIDCs oferecem boa proteção aos investidores, com uma relação atrativa entre risco e retorno”.
Além desses, a Western Asset lançou seu primeiro FIDC aberto ao varejo, democratizando o acesso a essa modalidade de investimento, que até então era restrita a investidores profissionais. A gestora possui R$ 40 bilhões sob administração no país, incluindo R$ 6 bilhões em crédito privado e mais de 130 mil cotistas, o que reforça o interesse crescente pelo segmento.
O mercado de FIDCs também registra avanços na captação de recursos: no primeiro semestre de 2025, as captações somaram R$ 40,6 bilhões, um aumento de 8,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, evidenciando a confiança dos investidores nesta alternativa.
Esses dados indicam que os FIDCs se consolidam como uma opção atraente, com perspectivas positivas para o futuro do financiamento e investimento no Brasil.
Os FIDCs desempenham um papel crucial no apoio a setores essenciais da economia, especialmente pequenas e médias empresas que frequentemente encontram dificuldades no acesso a crédito tradicional. Por meio desses fundos, essas empresas conseguem obter capital para expansão e operação, o que contribui para a geração de empregos e dinamização da economia local.
Além disso, a inovação na estruturação dos FIDCs tem permitido maior segurança e transparência para os investidores, que passaram a contar com instrumentos financeiros mais robustos e compliance rigoroso. Essas mudanças reforçam a atratividade dessa modalidade, que se apresenta como alternativa para diversificação dos portfolios de investimento.
Entretanto, o crescimento acelerado do mercado de FIDCs também traz desafios regulatórios. Órgãos como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) acompanham de perto esse setor para evitar riscos excessivos e garantir a proteção dos investidores. A evolução das regras pode impactar a dinâmica de lançamento de novos fundos e exigir uma adaptação constante das gestoras para se alinharem às normas vigentes.













